A digitalização do supply chain
5 February 2021
5 February 2021
Mais e mais empresas estão percebendo o papel que supply chains digitais podem desempenhar no aumento da eficiência e agilidade, impulsionando crescimento. Mas o que significa mesmo a digitalização do supply chain? E como deveria ser aplicada às cadeias existentes e às organizações de supply chain?
Na medida em que as empresas buscam por rentabilidade e crescimento nas economias pós-COVID, estas questões pressionam como nunca. Neste relatório, duas vozes líderes em análises de supply chain—David Simchi-Levi, do MIT, e Kris Timmermans, da Accenture—descrevem o que acreditam ser as condições centrais de uma estratégia de digitalização do supply chain.
Suas conclusões? Uma estratégia inteligente de supply chain necessita de três componentes: uma visão unificada da demanda, uma estratégia de segmentação que customize a abordagem para cada tipo de cadeia de suprimento e a habilidade para automatizar o uso de dados e analytics a fim de apoiar o planejamento e a execução inteligentes.
Adote analytics avançado sobre uma gama de fontes de dados internas e externas para automatizar e melhorar a precisão da previsão.
Segmente as cadeias de suprimento para permitir estratégias mais inteligentes e customizadas, que equilibrem eficiência, reatividade e valor para o cliente.
Mude o foco do planejamento consensual para a tomada de decisão baseada em analytics com níveis mais altos de automação.
Um varejista global de vestuário aumentou seu market share e dobrou o lucro operacional ao investir expressivamente na digitalização do supply chain.
Sustentar os três componentes é uma combinação de digitalização, análises de dados e maior automação. É isto que impulsiona uma verdadeira transformação da cadeia de suprimento.
No entanto, as companhias não precisam embarcar numa transformação de escala tão ampla para colher os benefícios de um supply chain digital. Como o relatório descreve, muitos ganhos—de custos menores a receitas mais altas e melhores experiências dos clientes—podem ser alcançados com investimentos financeiros mais modestos.
Isso significa reunir dados disponíveis com algum grau de automação e analytics inteligente, e depois combiná-los com processos operacionais que tenham sido projetados para alavancar o valor do investimento.
Um objetivo primordial deverá ser permitir que a empresa se afaste do consenso tradicional ou da previsão de demanda baseada em intuição e análise dados de uma gama de fontes internas e externas. Isto possibilita à empresa desenvolver um processo circular de 5 passos mais exato, flexível e automatizado para planejar o supply chain num horizonte projetado de cinquenta semanas.
Um processo de 5 passos para planejar demandaUsando um estudo de caso de uma companhia de bens de consumo, o relatório explica como a segmentação de supply chains baseada em impulsionadores (volatilidade de vendas, volumes e margens) pode desenvolver uma série de estratégias de fornecimento, fabricação e logística.
Isto quer dizer que uma companhia pode escolher a estratégia que lhe convier para cada uma das suas diferentes cadeias de produtos, permitindo-lhe encontrar o equilíbrio certo entre eficiência do supply chain e reatividade. Por outro lado, isso significa que ela pode reduzir riscos e impulsionar maior centralidade no cliente—e ao mesmo tempo se beneficiar de economias de escala em áreas como abastecimento, infraestrutura e capacidade de produção.
Planejamento inteligente reúne digitalização, análises de dados e um mecanismo de otimização automatizada para desenvolver capacidades avançadas de planejamento que possam impulsionar a empresa inteira—desde a programação da produção e planejamento de materiais até o planejamento do suprimento.
Combinando KPIs (Key Performance Indicators) e KPPs (Key Performance Predictors) em tempo real, a empresa adquire a habilidade de compreender não apenas o que está acontecendo em seu supply chain a qualquer momento, mas também o que tende a acontecer no futuro próximo.
Um grande fabricante global de aparelhos usou a digitalização do supply chain para liberar crescimento expressivo de receitas e melhorar os níveis de serviço—com corte dramático dos custos operacionais.
Como mostra o relatório, empresas que usaram as estratégias de digitalização descritas colheram muitos benefícios. Isso inclui melhor experiência do cliente (com melhoras nos níveis de serviço entre 5 e 10%).
Essas empresas também viram uma redução de até 10% em vendas perdidas, o que aumentou as receitas, e uma redução entre 10 e 20% nos estoques e no desperdício, traduzindo-se em economia de custos.
O relatório explica como outras companhias podem desfrutar de benefícios similares ao perceberem o papel de analytics e automação no planejamento e na execução do supply chain—e como isso se encaixa numa transformação digital mais ampla da cadeia de suprimento.