Como vencer a corrida do crescimento não convencional

A economia verde tem enorme potencial de crescimento, especialmente em Ásia-Pacífico, América Latina, Oriente Médio e África do Sul. Somadas, estas regiões têm as maiores pegadas de carbono – respondendo por 66% das emissões dos gases de efeito estufa e 75% do consumo global de carvão. Elas também enfrentam perdas crescentes de biodiversidade, poluição e geração de resíduos. Companhias que produzem bens e serviços para proteger ou recuperar o ambiente vão não só capturar novas oportunidades de crescimento, mas também criar benefícios tangíveis para a sociedade e o meio ambiente.

Mercados menos assistidos referem-se a segmentos de consumo que são negligenciados, como pessoas com doenças raras, os idosos, empreendedores minoritários e pessoas vivendo em áreas remotas. Suas necessidades não são bem compreendidas nem adequadamente tratadas. As soluções para estes consumidores requerem um tipo diferente de inovação e mentalidade de valor.

Enquanto as sólidas perspectivas de crescimento na economia verde e nos mercados menos assistidos dão às empresas motivo para se manterem positivas em relação ao futuro, elas também são animadoras para as comunidades e o meio ambiente. Porque quando grandes empresas comprometem seus recursos para resolver desafios difíceis, elas podem escalar suas inovações para ampliar o efeito social.

Para definir uma nova fronteira de performance, as companhias deverão identificar e impulsionar atividades orientadas a crescimento em novos mercados antes das demais. Tecnologia avançada precisa ser incorporada em atividades baseadas em futuro crescimento desde o seu início – explorando o poder de dados, nuvem e inteligência artificial a fim de criar soluções inovadoras ou gerar novas linhas de negócio.

Existem duas formas de as empresas criarem a base para obter vantagens da inovação. A primeira: elas podem investir significativamente em iniciativas de sustentabilidade, uma necessária mudança de direção a fim de criar impacto além de suas fronteiras. Além destes investimentos serem usados para gerar valor para a sociedade e o meio ambiente, eles também vão aumentar o valor da marca junto aos consumidores e trazer valor financeiro futuro. A segunda: as companhias podem formar parcerias diversas, que lhes darão vantagens inovadoras para coinvestir e resolver problemas difíceis mais rapidamente. Mais da metade das empresas que seguem as novas regras do crescimento espera estabelecer relações extensivas com parceiros de tecnologia e ciência até 2025.

Ao agirem hoje, essas poucas organizações já tomaram a dianteira na corrida de amanhã a fim de alcançar a liderança do mercado. Elas planejam ter êxito tanto na economia verde como nos mercados menos assistidos, e suas estratégias nos mostram como se preparar para um futuro que será radicalmente diferente do passado.

As companhias que reescrevem as regras do crescimento vão definir uma nova fronteira do desempenho e mapear suas rotas para a reinvenção. Com o uso combinado de nuvem, dados e IA a fim de desenvolver soluções revolucionárias, elas vão criar outras linhas de negócios e entregar o que o mundo precisa. Com uma base voltada para a inovação, elas vão impulsionar performance em novas direções para destravar oportunidades de crescimento que criam valor, não só para seus negócios, clientes e funcionários, mas também para parceiros, sociedade e meio ambiente.

Aquelas que usarem estes tempos de alta volatilidade para se reinventar serão as vitoriosas de amanhã. Foi dada a largada – é hora de acelerar.