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Strategy and Consulting

As 10 maiores tendências bancárias para 2023

janeiro 10, 2023 5-minutos de leitura

Resumo

  • Até a crise financeira de 2008/9, as taxas de juros eram a força gravitacional que mantinha o modelo integrado de empréstimo de depósitos bancários.
  • Quando essa gravidade desapareceu, ondas poderosas de disrupção e inovação remodelaram o setor.
  • O retorno das taxas de juros colocou o setor bancário em uma órbita mais previsível e familiar. Depósitos e balanços de repente importam novamente.

Uma combinação de forças bem estabelecidas e desenvolvimentos recentes está remodelando o setor bancário. Nos últimos 17 anos, as baixas taxas de juros atuaram como um Big Bang no setor bancário. Eles quebraram a equação fundamental do setor - que os depósitos impulsionam o poder de empréstimos. Durante todo esse tempo o dinheiro tem sido efetivamente gratuito e vale muito pouco para os bancos.

Na ausência desse fluxo de receita, os bancos mudaram seu foco da totalidade das necessidades financeiras dos clientes para produtos isolados que continuaram a gerar taxas. Ao mesmo tempo, os inovadores das fintechs entraram em cena, inundados de capital barato e valorizando a escala em detrimento dos retornos financeiros.

Agora que as taxas positivas retornaram, a constelação de produtos bancários está entrando em uma órbita mais familiar e previsível.

Os bancos líderes reconhecem que precisam acelerar a mudança – não apenas para competir, mas para encontrar novos caminhos para o crescimento. As cinco principais forças de mudança identificadas pela Accenture ajudaram a moldar e impulsionaram as tendências que provavelmente terão maior impacto no setor bancário no próximo ano.

Nosso líder bancário global, Michael Abbott, compartilha suas 10 principais tendências para 2023 - e como o retorno da gravidade mudará a trajetória do setor.

Taxas em crescimento potencializam a inovação de produtos

O aumento das taxas será o combustível que inflamará a inovação de produtos dos bancos. Ele virá na forma de ofertas semelhantes às do Amazon Prime.

O renascimento das agências

Sem interação pessoal, a maioria dos bancos tem lutado para manter relacionamentos próximos. 2023 verá um foco renovado nas agências.

O metaverso dismistifica

Assim como o celular fez, o metaverso abre um novo mundo de possibilidades. Não será isento de riscos - mas os bancos foram inventados para gerenciá-los.

Cultura certa, talento certo

O talento exigirá cada vez mais da liderança dos bancos. Se não receber a devida atenção será uma plataforma em chamas.

Risco em todo lugar

À medida que surgem novos riscos, os bancos que se concentram em ajudar os clientes a resolver seus problemas superarão seus concorrentes.

Dados se tornam produto

Tratar os dados como um produto é uma mudança de mentalidade que tem o potencial de transformar os alicerces do setor bancário.

Fintechs: de disruptoras para habilitadoras

Os incumbentes estão preparados para se reafirmar como os “proprietários legítimos do setor bancário” – se conseguirem encontrar ofertas do tipo fintech a preços razoáveis.

O verde se torna real: a busca de pontos em comum

Os bancos não podem entregar o carbono zero por conta própria, mas a pressão está aumentando para enfrentar a crise climática. O consenso será uma prioridade em 2023.

Foco na vida: da jornada à intenção

À medida que as bigtechs e os superapps continuam a crescer, os bancos olharão além das jornadas para abordar o bem-estar holístico dos clientes.

Modernização do core: uma mudança de mentalidade

A modernização tecnológica é um processo “para sempre”. Mas uma convergência de forças fará de 2023 o divisor de águas para o início da modernização do core dos bancos.

Você pode obter mais detalhes no estudo As 10 maiores tendências bancárias para 2023. Se você quiser saber mais sobre as tendências, entre em contato com Michael.

“A maioria das tendências que moldam o setor bancário em 2023 são afetadas – se não realmente causadas – pelo retorno das taxas positivas, a gravidade que mantém o setor em uma órbita previsível”.

— MICHAEL ABBOTT, Senior Managing Director – Global Banking Lead

Perguntas frequentes

O ano promete ser incerto e cheio de riscos, razão pela qual os bancos de todo o mundo fizeram provisões significativas para perdas de crédito. Certamente, a situação macroeconômica pode afetar a receita dos bancos e potencialmente fazer com que os clientes tenham dificuldades para refazer os empréstimos. O ambiente competitivo, ainda que atenuado pelos efeitos da pandemia, deverá continuar a apresentar surpresas. Da mesma forma, o risco de ataques cibernéticos continua sendo uma preocupação muito real. Outros riscos são menos dramáticos, mas representam um sério desafio para os bancos. Isso inclui a falha em fazer as mudanças internas necessárias para se manter competitivo: atrair e reter o talento necessário; atender às expectativas dos clientes; otimizar as operações para eficiência, qualidade e inovação; aproveitar a nuvem para obter agilidade, colaboração e segurança; usar os dados de forma mais eficaz para experiências personalizadas e decisões baseadas em insights e mais.

A mudança de taxas muito baixas para taxas mais altas muda muito para os bancos – nossas 10 principais tendências para 2023 mostram que é direta ou indiretamente a causa de todos os impactos que moldam o setor no ano. O aumento das taxas aumenta a receita dos bancos, com muitos deles provavelmente optando por usar o dinheiro para investir em suas capacidades futuras. Mas taxas mais altas também podem colocar os tomadores de empréstimos em dificuldades, levantando questões sobre como os bancos devem responder.

A cultura bancária tradicional tem sido criticada por não acompanhar as exigências e preferências dos clientes e funcionários. Os clientes querem que os bancos façam mais do que apenas oferecer um conjunto de serviços funcionalmente correto e proteger seu dinheiro; eles também querem sentir que o banco se preocupa com eles e os ajudará a administrar suas finanças com mais eficiência. Os funcionários, por outro lado, querem que o banco esteja mais alinhado com as questões e características que consideram importantes: sustentabilidade, integridade, inovação, flexibilidade, compaixão e muito mais. Os bancos não podem ficar fora de sincronia com esses dois stakeholders. Em vez de agir como se sua cultura fosse um dado, eles deveriam considerar cuidadosamente seu propósito e o tipo de cultura de que precisam para realizá-lo. Se houver uma lacuna entre suas culturas atuais e necessárias, eles devem embarcar em um programa de mudança coordenado e monitorado.

Para os bancos, carbono zero significa muito mais do que apenas limitar as emissões causadas por suas próprias operações; inclui ajudar os clientes a fazer essa transição também. O primeiro é bastante difícil. Este último inclui uma série de grandes desafios, apenas o primeiro dos quais é assumir mais riscos do que os bancos foram projetados para enfrentar: financiar uma nova economia verde, com todo o desconhecimento e nova infraestrutura que isso acarreta, o que leva os bancos além de seu mandato de ofertadores dos depósitos de seus clientes com prudência. Além disso, poucos bancos têm a capacidade de gerenciamento de dados para avaliar a quais clientes devem emprestar e com que eficácia esses empréstimos estão sendo usados. Eles também carecem de experiência para ajudar os clientes na transição para organizações 'verdes', esta que é diferente para cada setor. A maioria dos grandes bancos aceitou esses desafios, mas eles têm muito o que fazer para superá-los.

Os bancos sabem há muitos anos que inevitavelmente terão que aposentar seus mainframes e mover seus sistemas principais para a nuvem. Eles atrasaram devido ao custo irrecuperável, o risco de uma mudança e uma mentalidade de 'diabo que você conhece'. Mas isso custou o aumento das despesas e riscos de manutenção; falta de suporte para colaboração, agilidade e inovação; e uma estrutura de custos mais variabilizada, entre outros. À medida que os provedores de serviços em nuvem melhoram suas ofertas e tornam a transição mais fácil e segura para os bancos, a equação custo/benefício muda a favor da nuvem. Acreditamos que 2023 será o ano em que a maioria dos bancos decidirá que a modernização do núcleo não pode mais ser adiada.

Michael Abbott

Senior Managing Director – Global Banking Lead

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