A Song trabalhou com a Gerando Falcões para desenvolver um jogo dentro do metaverso chamado “Favela X”. O objetivo da iniciativa era dar à juventude do país a chance de experimentar a vida numa favela, em vez de apenas observar a realidade à distância. Idealmente, isto lhes daria uma perspectiva única sobre a pobreza que poderia formar sua visão de mundo na idade adulta.
A identidade visual foi criada in-house, mas o jogo propriamente dito foi construído numa plataforma open-source de metaverso chamada Roblox, uma das maiores comunidades de jogos online totalmente grátis para baixar e participar.
No jogo, cujo anfitrião é um avatar do Edu Lyra, os jogadores exploram um foguete de seis andares posicionado no meio de uma favela digital. Em cada andar, eles navegam por desafios associados à pobreza: infraestrutura, saneamento, educação, cultura e tecnologia. No andar mais alto, eles alcançam uma sala de controle onde podem usar o que aprenderam a fim de ajudar a melhorar as condições na favela. Se escolherem as opções certas, eles podem mandar a nave (e a pobreza) para o espaço sideral.
Mas como é que um jogo grátis arrecada dinheiro? A Accenture conectou-se a outras empresas orientadas ao mesmo propósito para apoiar, cocriar o projeto e divulgar suas marcas dentro do jogo. A equipe fez parcerias com a Nestlé, a 99 e a Havaianas a fim de oferecer experiências de marca in-game. Por exemplo, a Havaianas tem um chinelo com design de artistas da favela, e os jogadores descobrem as histórias desses artistas ao longo da experiência virtual.
Para lançar o jogo, a equipe instalou um foguete inflável gigante numa favela brasileira equipado com computadores e fones para crianças fazerem um test-drive virtual e darem um feedback em tempo real. Isto expôs as crianças a novas tecnologias, assim como lhes deu uma nova perspectiva sobre a realidade de sua favela e as mudanças que podem melhorá-la.