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Careers

42 anos dedicados ao paratletismo

setembro 20, 2022

O consultor de Recife, Renato Fonseca, já foi paratleta e participou de diversas competições de salto em altura no Brasil. Aos 17 anos, conquistou o título de campeão brasileiro da categoria ao saltar nada menos que 1,94 metros. Este ano, Renato deixa as pistas 42 anos após a sua primeira competição. Conheça sua história:

O início

Minha deficiência é no membro superior direito (plexo braquial) que impede a amplitude dos movimentos e retringe a força. Por isso, busquei o atletismo como forma de inserção no esporte, uma vez que havia a possibilidade de enfretar os atletas “convencionais” com certa igualdade.

O atletismo não era um esporte conhecido por todos. Só havia a lembrança de um atleta: o “João do Pulo” que foi o recordista mundial no salto triplo. Ele foi uma inspiração pra mim, pela simplicidade com que falava sobre seu feito. E, por mais que eu tentasse explicar que minha prova era o salto em altura, sempre confundiam e, confundem ainda hoje, com o salto com vara, salto em distância ou  salto triplo. Sempre preciso explicar que salto em altura é aquele que o atleta vem correndo e salta de costas  sobre um sarrafo.

Fui tricampeão pernambucano e do norte-nordeste (nos anos 1982, 1983, 1984).

E em 1984, aos 17 anos, fui campeão brasileiro, com a marca de 1,94m.

Prática de esportes para deficientes

São inúmeras as atividades esportivas que podem ser praticadas por deficientes - atletismo, natação, badminton, golbol, basquete cadeirante, vôlei sentado, entre outras. Para quase todos os tipos de deficiência: visual, física ou intelectual.

A prática do esporte traz inúmeros benefícios ao paratleta:

  • Há muitos casos em que o deficiente se isola. Com o esporte, ele é obrigado a interagir. Ele é desafiado a buscar melhores resultados. Com isso, ele deixa de se ver como um “coitado” e busca estímulos para se superar cada vez mais;

  • A sociedade passa a enxergá-lo como um agente transformador. Capaz de transformar sua deficiência em resultados positivos, não só nas pistas de competições, ou nas quadras ou piscinas, mas em todos os lugares. Vejam os semáforos sonoros, as ruas com guias para cegos, elevadores com braile, palestrantes com auxiliares na língua dos sinais;

  • A família do paratleta também se beneficia participando de seu crescimento.

 

Aposentadoria do atletismo

Esta semana foi uma semana muito especial, pois participei da minha última competição como paratleta profissional. Foram 42 anos dentro de uma pista de atletismo em que aprendi lições de vida . Conheci muita gente. Fiz amizades que perpetuam até hoje. Briguei, sorri, fiquei triste, chorei, aprendi e ensinei. Agora, fico com as lembranças de uma história vencedora e muito feliz.

Programa Sem Barreiras

O que falar sobre uma empresa que ganha o prêmio de Great Place to Work para Pessoas com Deficiência? É simplesmente agradecer pelo trabalho realizado. É um grande diferencial que não sei como descrever.

Mas o preconceito ainda existe e muitas empresas que abrem espaço para o deficiente os contratam porque são obrigados por lei (quando atingem um certo número de funcionários) ou os tratam como se estivessem fazendo um favor, abrindo vagas onde não são exigidos qualificações técnicas, intelectuais entre outras.

A Accenture vai contra esta corrente. Temos líderes deficientes (sou um deles). Temos voz, oportunidades de nos expressarmos e discutirmos sobre o assunto. Nunca vi igual. É muito bom fazer parte disto!

 

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