Procuram-se líderes

Estratégias de negócio e estratégias tecnológicas estão se tornando inseparáveis—até indistinguíveis.

Em resposta à pandemia da COVID-19, as empresas de todo mundo fizeram rápidas transformações digitais.

Estas mudanças e a súbita chegada de novas tecnologias levaram a uma nova era dos negócios—uma na qual a arquitetura importa como nunca, e a concorrência setorial é uma batalha entre acervos tecnológicos.

Empresas têm hoje mais opções de tecnologia do que nunca. Da distribuição e implementação de cloud, passando por diferentes modelos de AI e uma ampla gama de dispositivos de ponta, até o design de hardwares e sistemas de computação - cada camada da cadeia tecnológica tem se expandido para novas dimensões.

Digital twins—representações ou simulações de entidades ou sistemas do mundo real—crescem em muitas indústrias e impulsionam o nascimento do mundo espelhado.

Quando os digital twins foram adotados inicialmente, o argumento era a habilidade para monitorar, simular e agilizar os dados de diferentes dispositivos. Entretanto, a profusão dos modelos, o aumento do uso e a ampliação da adoção da IA transformaram esta equação. Os líderes começam a conectar grandes redes de gêmeos inteligentes, interligando muitos gêmeos para criar modelos vivos de fábricas inteiras, ciclos de vida de produtos, supply chains, portos e cidades, criando um mundo espelhado.

Quando implantados sobre dados abrangentes e confiáveis, gêmeos inteligentes e ambientes espelhados ajudarão as empresas de vários modos. Elas poderão otimizar operações; detectar e prever anomalias; pivotar para evitar quebras não planejadas; permitir maior autonomia; e ajustar projetos e estratégias com todo novo dado que eles coletarem ou novo teste que eles executarem.

As empresas que começarem a implantar gêmeos inteligentes de seus ativos e montarem os primeiros ambientes espelhados hoje serão aquelas que empurrarão as indústrias, e o mundo, na direção de um futuro mais ágil e inteligente.

Um inegável deslocamento rumo à tecnologia democratizada está em curso. Poderosas capacidades tecnológicas são colocadas à disposição das pessoas, geralmente sem altos perfis especializados.

Tecnologia democratizada deixa pessoas otimizarem seu trabalho ou resolverem problemas sozinhas. A TI está livre para se concentrar em grandes projetos.

Esta é a oportunidade de as companhias fazerem da sua força de trabalho um agente essencial da transformação digital. Para serem bem-sucedidas, as líderes precisarão estimular a inovação em todas as áreas da empresa.

Não se trata apenas de dar acesso a novas ferramentas. As empresas precisam ensinar os funcionários a pensarem como tecnólogos. Isto não quer dizer transformar todos em engenheiros, mas torná-los capazes de resolver problemas por meio da tecnologia.

Após a pandemia, ninguém voltará a trabalhar do jeito anterior. Empresas e empregados movem-se em direção a um novo futuro, um em que o trabalho possa ser executado de qualquer lugar.

O que é isso em termos práticos? Lembre-se de quando as empresas deixavam os funcionários trazerem seus próprios laptops ou celulares para o escritório. Empregadores tiveram que definir novas políticas e encontrar novas soluções técnicas, permitindo a flexibilidade e diminuindo o risco de equipamentos que não estivessem sob seu controle. Isso deu aos empregados uma experiência de trabalho melhor e fez as companhias economizarem. Agora nos movemos além dos dispositivos: os funcionários estão trazendo ambientes inteiros para trabalhar.

Depois da pandemia, o trabalho BYOE (traga seu próprio ambiente, em inglês) não estará limitado aos lares. Dará às pessoas liberdade para trabalhar de qualquer lugar—seja de casa, escritório, aeroporto ou qualquer outro.