Um orgulho conquistado
Junho 20, 2022
Junho 20, 2022
Desafios, preconceitos e objeções. Estes são adjetivos que poderiam resumir boa parte da jornada da Loraine rumo ao orgulho. No entanto, com determinação e resistência, hoje ela pode contar sua história para inspirar outras pessoas a superarem as inúmeras objeções impostas pela sociedade.
“Hoje, aos 36 anos, olho para trás e percebo quantas barreiras tive que ultrapassar para simplesmente poder ser quem eu sou. Por medo da represália da sociedade quanto às mulheres, senti ainda mais dificuldade em me assumir. Se até para a minha própria família foi difícil me ‘aceitar’, para a sociedade foi ainda pior.
Uma trajetória de desafios
O meu primeiro relacionamento com uma mulher foi muito turbulento. Era sofrível não poder andar de mãos dadas ou demonstrar carinho publicamente. Essa não era a pior parte, eu ainda tinha que esconder este fato de todos os meus ciclos sociais: amigos, familiares e colegas de trabalho. Infelizmente, a minha trajetória em direção ao orgulho foi com obstáculos e preconceito.
Além de enfrentar a discriminação devido a orientação sexual, recebi inúmeros olhares de repreensão pela escolha da minha formação, Mecânica de Usinagem. Desde o início da minha carreira como torneira mecânica sofri preconceitos. Seja por não acreditarem na minha capacidade de entrega, sendo mulher ou até mesmo por ter um relacionamento homoafetivo.
O caminho para a diversidade
Depois desse episódio, decidi que iria me capacitar para entrar em uma grande empresa e não aceitaria mais ambientes que não promovessem a diversidade e inclusão. Estava cansada de esconder algo intrínseco na minha vida, como a minha orientação e meu relacionamento. Pouco tempo depois, minha namorada, que se tornou minha esposa, me apresentou a Fatec e decidi fazer um curso de Segurança da Informação. Esta nova formação me lembrou que quando cursei Mecânica de Usinagem éramos apenas três mulheres, em uma sala com 32 alunos. Na Fatec não foi diferente, tinham apenas quatro.
Em 2018 ingressei na Accenture, por meio do programa de Academia para Mulheres. Para mim, que nunca tinha visto nada igual, foi como um sonho. Encontrar um ambiente de trabalho onde há palestras sobre autoaceitação e o incentivo para ser quem você é foi surreal.
Entrei na companhia em abril de 2018 que, no ano, foi o mês do ‘Pride At Accenture’. Recordo que em uma das palestras, o tema foi sobre oportunidades igualitárias de trabalho para profissionais LGBTQIA+. Um dos palestrantes citou uma pesquisa que confirmava que muitos funcionários acabam gastando energia para esconder a sua orientação sexual, por medo de represálias e isso pode prejudicar sua carreira – energia, a qual, poderia ser investida em projetos e autodesenvolvimento.
Infelizmente essa ainda é a realidade de muitos profissionais. Posso afirmar que sinto imenso orgulho em fazer parte de uma empresa que se compromete em fazer a mudança dentro e fora de casa, pensando em meios de impactar positivamente não apenas os próprios talentos, mas toda a comunidade.
Em agosto, completo 14 anos de casada e isso só fortalece a sensação de gratidão por todas as barreiras que tive que enfrentar em prol do amor e da autenticidade. A principal apoiadora e incentivadora de carreira é a minha esposa – e isso me dá foça para ser quem eu sou, independentemente do local.”
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