Histórias Inspiradoras: conheça Luana Monteiro
March 23, 2022
Nossa Mulher Inspiradora de hoje, em comemoração ao Mês das Mulheres, é Luana Monteiro, Management Consulting Manager, em Strategy & Consulting, que luta por um mundo com mais equidade de gênero.
Batalhadora, dedicada e comprometida, seja nos projetos da empresa, na vida social, no bloquinho de carnaval ou preparando seus drinks favoritos, Luana conta que fazer parte desse movimento em prol da mudança é o que faz as coisas acontecerem. Confira sua biografia abaixo:
“Sou nascida em uma cidade do interior de São Paulo, onde as barreiras patriarcais pareciam bem mais sólidas do que em outros espaços que me lancei na vida.
Desde nova, às vezes com dedicação redobrada, buscava conquistar espaços que me foram negados: no campo de futebol, em cima do palco em banda de rock ‘n’ roll ou “pilotando” uma churrasqueira. Acho que a barreira mais complexa sempre foi a que eu lutei em quebrar: a expectativa da minha família para que eu atendesse o estereótipo de “menininha”.
A coragem não veio como uma opção, mas necessidade. Se eu quisesse experimentar as coisas que o mundo entregava tão facilmente ao meu irmão - muito tempo depois fui entender o porquê dessa facilidade dada aos homens -, eu precisaria ter coragem.
A diversidade em uma mulher
Depois de muito lutar para encontrar meu espaço e minha voz, agora, me sinto confiante em afirmar quem eu sou com todas as letras: sou Luana Monteiro, mulher, lésbica, tenho 38 anos, sou turismóloga e engenheira de formação, bartender-cozinheira-percussionista por hobby, companheira da Ana, gerente de projetos em 14 anos de jornada só dentro da Accenture e sigo em formação.
Ao longo da minha jornada, eu entendi que coragem, antes de tudo, tem a ver com paixão e cansaço: porque nada vem fácil, tudo demanda muito esforço para aprender, ensinar e às vezes os dois ao mesmo tempo. Tem a ver com a falta de preguiça: de não aceitar ficar na zona de conforto porque é mais simples, de tentar descobrir que seu armário não tem nenhuma roupa que te cabe mesmo depois de 30 anos.
Tem a ver com estar inteira em casa, no trabalho, na família, na rua e ocupar todos os espaços possíveis: reconhecendo uma mulher lésbica na liderança, no palco, no futebol ou no carnaval, e, quando não tiver essa referência, ter a disposição de ser essa mulher.
No trabalho, na coquetelaria, no churrasco ou no carnaval, me inspiro nas mulheres fortes que vieram antes de mim, acolhendo e incentivando as que chegam depois. É assim que fazemos mudança acontecer.”
